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Petrobras fornecerá nova gasolina no Brasil a partir agosto

Petrobras está pronta para oferecer nova gasolina, com qualidade superior e mais cara. Novo combustível ficará compatível com o vendido na Europa e EUA.

O Brasil produzirá uma nova gasolina em suas refinarias, a partir de agosto, fruto da medida que determina novos padrões de qualidade para o combustível.

Publicada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a nova especificação atende a Resolução 807/20 publicada no início deste ano, que substitui as especificações de 2013. A nova gasolina tem novidades em três aspectos: valor mínimo da massa específica, parâmetros de destilação, e fixação de limites para a octanagem RON. As mudanças resultam em melhor dirigibilidade, combate à adulteração e benefícios ao meio ambiente.

A informação foi dada por Anelise Lara, diretora de Refino e Gás da Petrobras, durante uma live da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva realizada nesta quarta-feira (24). Entre as vantagens, segundo a diretoria, estão a redução do consumo e o melhor desempenho dos veículos. Na transmissão, Anelise também disse que, a reboque da melhoria na qualidade, também haverá aumento nos preços. “Como a gente pratica o preço de paridade importação, ela será mais cara porque será comparada com gasolinas de melhor qualidade do exterior. Mas vai compensar muito porque será uma gasolina mais eficiente, então você vai rodar mais quilômetros por litro. No final, em termos de custo para o consumidor, vai ser positivo”.

Petrobras está pronta para produzir a nova gasolina

Anelise Lara, diretora executiva da estatal, também informou: “A Petrobras já está pronta para produzir essa nova gasolina. A nova especificação é bem-vinda e vai aproximar a qualidade do combustível comercializado no Brasil ao dos mercados americano e europeu. A qualidade intrínseca da gasolina vai aumentar em termos de octanagem e massa específica, o que significa um combustível mais eficiente e de melhor proteção aos motores dos veículos. Isso vai permitir uma redução no consumo de gasolina por quilômetro rodado”.

A nova especificação (Resolução ANP 807/20) entrará em vigor em duas fases: a primeira em agosto de 2020 e a segunda em janeiro de 2022. A resolução estabelece que a gasolina comum, tanto a produzida no Brasil como a importada, tenha uma massa específica mínima de 715 kg/m³, modificando o que se pratica atualmente, baseado na ausência de uma regulamentação como essa.

Além disso, a nova especificação também estabelece a necessidade de octanagem mínima de 92 pela metodologia RON, mais adequada às novas tecnologias de motores que já estão sendo introduzidas no país. A executiva da Petrobras lembrou da recente adoção do diesel parafínico renovável (HVO), conhecido também como Diesel Verde.

Diesel Verde

O novo combustível poderá atender, em conjunto com o Biodiesel já existente, a parcela de biocombustível que deve ser misturada ao diesel comercializado nos postos. A adoção do HVO melhora o desempenho dos motores, evitando problemas como entupimentos de filtros, bombas e bicos injetores que vem sendo observados na medida em que o teor de biodiesel que compõe o diesel comercializado ao consumidor final aumenta.

Além disso, a utilização do diesel parafínico renovável contribuiria para o país conseguir atingir, com as tecnologias veiculares conhecidas, a fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve – 2022/2023). A Petrobras realizará testes de produção do diesel renovável na Refinaria Presidente Getúlio Vargas – Repar – em Araucária (PR), a partir de julho. Contudo, a entrada do combustível no mercado ainda depende de regulamentação pela ANP.

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