Além da Polícia Militar, dos 2000 agentes da CET e 600 da SPTrans, mais 1600 GCMs estão aptos a multar veículos na cidade a partir de fevereiro.
Difícil esquecer aqueles 7 a 1, não é mesmo? Os internautas brincaram com o vexame que a Seleção Brasileira de Luiz Felipe Scolari nos fez passar e as piadas renderam semanas de muitas risadas. Mas agora o assunto não tem a menor graça: a instalação de novos radares por toda a capital paulista.
Você tira o carro da garagem, vai fechar o portão e quando volta para o veículo já tem um radar sendo instalado na porta da sua casa. Virou a esquina, mais um radar do Haddad. Regula o espelho retrovisor e quando olha para a frente, outro novo radar instalado; pára no semáforo, dá uma piscadinha de olhos e… mais um radar novinho em folha à sua frente.
A Prefeitura de São Paulo arrecadou R$ 828,3 milhões com multas de trânsito em 2013, mais de R$ 1,5 mil por minuto, R$ 32,5 milhões a mais com relação ao faturado no ano anterior, 2012. Os dados da arrecadação com multas em 2014 só serão divulgados no próximo mês e há a expectativa de crescimento de 12% em relação a 2013, ou seja; se ela se confirmar, o valor arrecadado poderá ultrapassar R$ 930 milhões, mais de R$ 1,7 mil, arrecadados com multas, por minuto.
Apesar de as autoridades afirmarem não haver a “indústria da multa” na capital paulista, prever o dobro da inflação na arrecadação com autuações nos faz acreditar no contrário; de que há, sim, a tal indústria instalada no Edifício Matarazzo, sede da prefeitura paulistana. Até porque, a administração Haddad mais que dobrou o contingente habilitado a aplicar multas de trânsito a partir deste ano: de um número de pouco mais de 2000 agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) em 2014 para cerca de 4200 em 2015, incluindo 600 agentes da SPTRans (São Paulo Transportes) e mais 1600 GCMs (Guarda Civis Metropolitanos); sem contar os oficiais da Polícia Militar que também podem preencher autos de infrações.
RADAR: em 2015 serão mais de 800 aparelhos em funcionamento, aumento de 40% com relação a 2014.
Sabe aquela informação de que é obrigatória a existência de uma placa avisando que determinada via está monitorada por radar eletrônico e que, se não houver esta sinalização, o motorista autuado por excesso de velocidade, por exemplo, poderá recorrer e anular o auto de infração? Pois então; esta medida foi derrubada por uma resolução do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito) que determinou obrigatoriedade apenas de placas avisando sobre o limite de velocidade permitido nas vias. Assim, o melhor é respeitar estes limites e também as paradas em semáforos fechados para não ser surpreendido com multas e pontuações na carteira de habilitação.
Para 2015 está previsto um aumento considerável do uso de equipamentos de ficalização de trânsito na capital paulista. São radares fixos e móveis que além de aferir as velocidades praticadas pelos motoristas, também poderão autuar condutores que não estiverem com os licenciamentos dos seus automóveis em dia.
A prefeitura também irá implantar o “ônibus dedo-duro” instalando 300 radares externos na traseira e/ou dianteira dos coletivos. Estes equipamentos registrarão infrações cometidas por motoristas que ultrapassarem o veículo em velocidade acima da permitida na via, a uma distância mínima de 30 metros; fotografará automóveis que estiverem trafegando dentro do horário de restrição em rodízio de placas, condutores e passageiros não utilizando cinto de segurança e também os que trafegarem em corredores ou faixas exclusivas ao deslocamento do transporte público. O uso desta tecnologia possibilitará à prefeitura uma ampla fiscalização de trânsito em mais de 4.300 km de vias percorridas pelos ônibus municipais, 25% da malha viária do município.
Fique atento à sinalização viária e não vacile, respeite os limites de velocidade e não ultrapasse em semáforos fechados. Cuide do seu bolso e da sua reputação ao volante.
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