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Maverick, o super carro, o exemplar!

Um sucesso nas pistas!
Um sucesso nas pistas!

Conheça a história do automóvel que marcou uma época e se tornou referência nacional.

 

Somos apaixonados por carros, e muitos outros apaixonados pelos Clássicos, e hoje vamos cantar vantagem, encher a bola ao lendário Maverick. Sucesso da Ford no Brasil na década de 70 e objeto de desejo de muitos nos dias de hoje, o Maverick ficou esquecido e desvalorizado no fim da década, por seu alto consumo de combustível. Hoje quando encontramos um exemplar em bom estado, chega a valores altíssimos, atingindo preços que muitos carros 0 km não atingem. Segue um pouco de sua história…

No início dos anos 70, a Ford do Brasil, que havia incorporado recentemente a Willys, possuía no segmento de carros médios (padrão família) apenas os antiquados Aero e o pequeno Corcel, que não conseguiam fazer frente aos concorrentes de mercado. A solução encontrada foi tentar aproveitar algum projeto já existente, com custos baixos, e entre as opções encontradas, os escolhidos eram o Ford Taunus, montado na Alemanha e o Ford Maverick, fabricado nos EUA.

Algumas clínicas de opinião com potenciais consumidores foram realizadas, tendo sido vencedor o modelo Taunus. Porém percebeu-se que o motor planejado para equipar o novo carro, o Willys de 6 cilindros não cabia no compartimento. Para agravar a situação, a fábrica de motores da Ford na cidade de Taubaté/SP só ficaria pronta em 1975. Desta forma, a opção foi mudar o carro escolhido e o Maverick foi definido como a opção para ser o novo Ford brasileiro.

Lançado em Maio de 1973, sob o entusiasta slogan “A fórmula Ford contra a rotina”, o Maverick estreou no mercado com o conhecido motor Willys de 6 cilindros além do desejado motor V8, que gerou espera de até 12 meses pelo esportivo modelo GT. Um fator externo foi determinante na trajetória do Maverick, a crise mundial de petróleo, que elevou sensivelmente os preços dos combustíveis, gerando até a escassez do produto. Este acontecimento fez com que as vendas de veículos grandes, pesados e com consumo elevado de combustível deixassem de ter interesse no consumidor.

Em 1975, com a inauguração da fábrica de motores, é lançada a versão equipada com o novo motor de 4 cilindros, que prometia consumo mais brando e assim, poderia oferecer mais uma opção de motorização, ampliando a linha de veículos e as opções aos consumidores. As versões de acabamento oferecidas inicialmente eram a STD (standard), a SL (superluxo) e a GT (granturismo), esta última, representando o veículo esportivo. Além das opções de motores, também existiam as opções de carrocerias, que podiam ser Cupê (2 portas) ou Sedan (4 portas); exceto para o GT, que sempre foi Cupê. Em 1977, com vendas baixas, a Ford promoveu uma série de mudanças, alterando padrões de acabamento e de detalhes estéticos, tanto externos quanto internos. Surgiu a versão LDO (luxuosa decoração opcional), que possuía inúmeros itens de conforto mecânico e de acabamento, como câmbio automático, ar quente, direção hidráulica e motor V8. Externamente, as mudanças neste ano foram novas grades, emblemas frontais, frisos diferentes e um novo conjunto de lanternas traseiras, maiores e com três divisões. O modelo GT recebeu nova padronagem de faixas decorativas e as falsas entradas de ar no capô.

Em Abril de 1979, não sustentando mais a queda nas vendas e com o lançamento do Ford Corcel II que tinha o mesmo público-alvo, o Maverick saiu de linha, após terem sido fabricados 108.106 veículos em todas as versões e modelos.