O segmento de veículos usados que mais ampliou venda foi o do seminovos, e está ajudando a aquecer o mercado automotivo no país.
O fato é que a crise chegou e ficou. O bicho pegou feio de 2015 pra cá pra todos nós! 😣 E de maneira direta ou indireta, atinge todos os setores da economia. Os preços de tudo continuam aumentando, principalmente das contas que satisfazem nossas necessidades básicas, como água, energia, supermercado e combustíveis. Nosso dinheirinho ganho com suor do trabalho parece que evapora cada vez mais, não rende!
O desemprego bate à porta de muitos cidadãos e o que nos sobra, a necessidade de economia, a consciência dos gastos com o que não é prioridade. A redução de crédito já é um padrão nos bancos, sempre com taxas de juros mega abusivas, que vão além do aceitável, tampouco a entrada em financiamentos para comprar um carro novo. Então, quem tem seu ‘cão’, velhinho e em bom estado, caça com ele mesmo! Ou seja, o motorista partiu por reparar os danos que surgem ao longo do tempo com seus ‘possantes experientes’ parados na garagem e estão cuidando da manutenção deles, e também aqueles que optaram pela compra de carro usado.
A crise econômica no Brasil ainda é grave. Contudo, existem alguns setores ou segmentos que estão “escapando” bem dessa situação, e estão conseguindo aproveitar este momento para crescer, que são as empresas de autopeças e oficinas. E outra, os consumidores também estão optando pelas compras online no setor automotivo.
Entre janeiro e julho deste ano, as quantidades vendidas de veículos seminovos e usados cresceram 7,9%, enquanto os volumes de novos recuaram 4,9%. A comparação, feita a partir de dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) e da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), inclui automóveis, comerciais leves e pesados e motocicletas.
Outra boa notícia é que, de acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio Varejista (PCCV), realizada pelo FecomercioSP, as lojas físicas de acessórios e peças de reposição de veículos faturaram pouco mais de R$ 100 bilhões em outubro de 2015, enquanto as concessionárias movimentaram R$ 69,2 bi. Também, segundo levantamento realizado pela E-bit, o faturamento registrado pelas vendas online no país (este nicho) cresceu 82,7% em agosto de 2015 na comparação com o mesmo período de 2014. Em 2015, a categoria já representava 2% da movimentação financeira do e-commerce brasileiro.
Portanto, o conserto tem sido a opção para não trocar de veículo. Entende-se, que seja natural que a venda de carros caia, com a crise, por conta do valor elevado da transação. Para os brasileiros, está sendo mais barato e rápido comprar uma peça na internet e aumentar a vida útil do próprio veículo. Segundo pesquisas, o empreendimento automotivo representa muito para as plataformas de e-commerce que existem no Brasil. Porém, ainda é tímida essa participação no mercado online. O fato é que há muito espaço para o crescimento e fortalecimento do e-commerce de autopeças no país. Estima-se um crescimento global inclusive.
E quem também ganhou com a crise, foram as oficinas. O proprietário que se atualizou e conseguiu administrar de forma consciente sua oficina, está ‘bem na fita’! No primeiro semestre deste ano, a passagem de veículos nas oficinais do país aumentou 20% em comparação com igual período de 2016, depois de já ter crescido 20% no ano anterior, como conta Antonio Fiola, presidente do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos do Estado de São Paulo e do Brasil. São 29 mil oficinais no Estado e 97 mil no país, incluindo mecânica, funilaria e pintura. “Hoje é um bom momento para o setor”, diz Fiola. Mas ele pondera que, por causa da recessão, o faturamento não avançou no mesmo ritmo do número de veículos nas oficinas. Isso porque o valor médio dos consertos diminuiu. (entrevista concedida ao site/revista “Pequenas Empresas Grandes Negócios).
Em resumo, o recuo das vendas de veículos novos e o crescimento das vendas de usados transforma o mercado automotivo no Brasil e o mantém aquecido. Com esse giro no mercado de usados, provoca o aumento de interesse em lojas de autopeças, especialmente daquelas ligadas à parte mecânica dos carros, pois quem compra carro usado e se disponibiliza pra dar aquela manutenção, une as vendas das lojas de autopeças aos serviços prestados pelas oficinas. 😉
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