Acessórios, Dicas, Geral, Mercado automotivo, Peças

“Gambiarra” no carro é tiro no pé!

"MacGyver" resolve? Não conte com isso!!
“MacGyver” resolve? Não conte com isso!!

Nós, brasileiros, temos a fama de “faz tudo” e prova disto são lojas voltadas para a cultura do “faça você mesmo” (Peg&Pague, Multicoisas, etc.) com auto serviços onde os consumidores encontram milhares de opções para executarem os mais variados serviços.

Até no quesito automedicação somos a primeira nação no ranking, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). Por preguiça ou até mesmo medo de ir ao médico, o brasileiro elabora um “auto diagnóstico” e, então, define qual remédio deve tomar. Se é dor no corpo, Dorflex; se sente azia ou má digestão toma logo um anti-ácido; se o problema é algum inchaço, um anti-inflamatório resolve. Mas não é bem assim. Azia, por exemplo, pode ser decorrente de uma gastrite e o uso de anti-ácido pode agravar ainda mais a situação do paciente.

 

Assim é também quando substituímos ou reparamos peças em nossos carros de forma paliativa, a famigerada “gambiarra”. Na tentativa de solucionarmos um problema, acabamos criando outros mais graves ainda.

 

 

PNEU CARECA… TROCA OU “RISCA”?

 

Quando um pneu perde todos os sulcos e atinge os pontos (pinos) que existem nos espaços de drenagem, é hora de substituí-lo.

Para garantir a segurança do motorista e dos ocupantes do veículo, um pneu tem de ter, no mínimo, 1,6 mm de profundidade em seus sulcos. Mas há um “jeitinho” de desenhar sulcos em pneus carecas: são facas ou tubos estreitos de ferro que, aquecidos em altas temperaturas, derretem a borracha fazendo contornos irregulares que não são nada eficazes na drenagem e não evitam aquaplanagem. Se não há recurso financeiro para a troca por pneus de qualidade você deve optar por marcas inferiores que podem até ter menor durabilidade, mas com certeza lhe dão maior segurança do que um pneu riscado.

 

 

RODA AMASSADA… UMAS MARRETADAS RESOLVEM?

 

As rodas são compostas por mais de um tipo de metais e classificações diferentes e, quando avariadas, nunca devem ser reparadas de forma caseira. Dependendo do impacto contra uma roda, a deformidade pode ser superficial, atingindo apenas a chamada “zona elástica” que, simplificando, é a área que retoma seu estado inicial mesmo quando o metal é deformado. Mas se o local atingido for a “zona plástica” o metal não retoma sua forma original e desamassar com marretadas não devolve à roda suas dimensões originais e a área trabalhada pode voltar a se deformar devido à fragilização acometida. O ideal é substituí-la.

 

 

BEBENDO MUITA ÁGUA?

 

Tem veículo que consome mais água do que combustível e, claro, isto não é normal e só um mecânico pode identificar a causa ou ponto de vazamento. Um erro comum que cometemos quando enfrentamos um arrefecimento no motor é colocar água fria no reservatório para completá-lo. Esta atitude pode causar sérios prejuízos aos nossos bolsos como empenamento ou trinca de cabeçote ou queima de sua junta em razão do choque térmico que provocamos.

 

 

QUEIMOU A VÁLVULA TERMOSTÁTICA, MACGYVER?

 

Sem a válvula termostática, ou com ela queimada, a ventoinha não aciona automaticamente e o motor sofre superaquecimento nos primeiros quilômetros de rodagem. Então entra em cena o espírito “MacGyver“, personagem de Richard Dean Anderson na série Profissão Perigo, exibida na década de 80, no Brasil. O recurso principal de MacGyver era uma variedade de soluções improvisadas que derivavam da aplicação prática do conhecimento científico e uso de itens comuns, sempre havendo a coincidência de ter à disposição materiais úteis, junto com seu canivete suíço. Então, tomado pelo personagem, o motorista retira a válvula termostática e, em seu lugar, conecta as duas pontas de um clipes comum, destes para juntar papéis, e liga a ventoinha diretamente fazendo com que o motor trabalhe em temperatura baixa constantemente, o que ocasiona desgaste prematuro em suas peças. Havendo problema nesta peça, é importante a reposição por outra de qualidade pois, caso contrário, a vida útil do motor pode ser reduzida em até 50%.

 

 

RADIADOR FURADO… QUE TAL UM DUREPOXI?

 

Durepoxi? É óbvio que não, né, Tio Patinhas! Você até pode reparar um furo no radiador do seu carro com solda mas se o radiador nunca recebe aditivo apropriado, tendo apenas como líquido água de torneira, carregada com cloro, provavelmente haverão mais pontos internos fragilizados que logo se tornarão buracos. Neste caso, consultar um mecânico pedindo sua opinião sobre a necessidade, ou não, de troca do radiador, é a melhor medida.

 

 

PEDAL DE FREIO DURO… PASTILHAS GRÁTIS?
“A cada 40 litros de combustível ganhe um par de pastilhas de freios.” Que tentação, hein?

Está lá você trafegando por uma avenida e de repente uma criança aparece, subitamente, na frente do seu carro. Então você pisa no freio com toda a força de Sansão e descobre que o pedal está muito duro e que freio, mesmo, só sobrou uma “gota”. E justamente esta única gota acaba salvando a criança. Daí você pensa que precisa trocar as pastilhas com urgência e dá de cara com uma promoção destas. Acontece que o ditado popular que diz que “o barato sai caro” pode se tornar uma verdade para você pois pastilhas de baixa qualidade podem ser muito duras ou muito moles e, no primeiro caso, reduzem a vida útil dos discos de freios e provocam ruídos ensurdecedores. Já no segundo caso, o das pastilhas muito moles, os problemas são um acúmulo maior de sujeira nas rodas e o desgaste rápido. Novamente, a melhor opção é consultar um mecânico para que este lhe indique a melhor marca para o seu modelo de veículo.

 

 

VAZAMENTO DE ÓLEO… ÓLEO MAIS DENSO EVITA?

 

Colocar um óleo mais grosso no motor para evitar vazamento é lenda. O ideal é eliminar todo e qualquer ponto de derrame, seja do motor, câmbio, freio ou direção hidráulica. Verifique mangueiras, folgas em abraçadeiras e distanciamento das borrachas nas junções plásticas. Faça o reparo que tiver de ser feito e evite aborrecimentos maiores como, por exemplo, um motor travado por falta de óleo que acabou sendo despejado pelo caminho enquanto você andava.

 

 

PEÇAS DE DESMANCHE… É IMPORTANTE SABER A PROCEDÊNCIA?

 

Bom… o assunto é delicado mas a resposta para a pergunta sobre procedência é óbvia: SIM. Claro que é de extrema relevância saber se a peça que você compra em um desmanche e que será instalada em seu veículo não provém de um carro roubado, por exemplo. Mas comprar peças neste tipo de comércio é sempre arriscado pois é muito difícil a identificação de seu real estado de conservação. Se for conjuntos de motor, câmbio ou caixa de direção, pior ainda. Não faça “economia porca”. Prefira gastar mais em uma única vez do que gastar pouco dezenas de vezes para reparar o mesmo problema.

 

 

CINTO DE SEGURANÇA ARREBENTOU… SERÁ QUE DÁ PARA PASSAR A OVERLOQUE?

 

Costurar cinto de segurança é pior do que formar uma bola de sabonete com restos de outros sabonetes para economizar.

Cinto de segurança é formado por um tecido de alta resistência e por se tratar de um item principal de segurança em um automóvel, não invente de consertá-lo. Dirija-se a uma tapeçaria especializada em veículos e peça a opinião de um profissional orientado para lhe oferecer a melhor, e mais segura opção.

 

 

ABS E AIRBAG… QUALQUER UM SABE MEXER?

 

Pense em dois itens caros em um automóvel… Pois é, freios ABS e Airbags são itens de alto valor e repará-los sem o menor cuidado é correr sérios riscos. Não é qualquer mecânico que possui conhecimento e ferramentas específicas para executar a manutenção nestas peças e, em razão dos custos altos, muitos motoristas, as vezes, se veem tentados a buscar oficinas não especializadas e acabam arcando com mais um problema na tentativa de solucionar outro. Não seja econômico com sua segurança e a de seus passageiros.

 

 

Depois de todas estas dicas, passa lá na Auto Peças Molina, compre as peças ideias para os reparos que devem ser feitos em seu veículo por um mecânico de sua confiança. E conte sempre conosco quando o assunto for a sua segurança e o seu bolso.