Trânsito é o maior problema de São Paulo. DETRAN registra marca em Julho.
A cidade de São Paulo não faz o bastante para amenizar o caos no trânsito. São Paulo sofre cada vez mais com o crescimento das frotas e o aumento dos congestionamentos. É preciso agir antes que a cidade entre em colapso! De Volks em Volks, de Fiat em Fiat, de moto em moto, São Paulo deve travar!
O DETRAN – Departamento Nacional de Trânsito – registrou até julho de 2013 a marca de 25 milhões de veículos entre carros de passeio, motos e comerciais leves. Para se ter uma ideia da grandiosidade da frota existente no Estado, na capital, concentra um total de 7.491.989 veículos, sendo que desses, 5.395.088 correspondem a automóveis. Em 2012, a marca era de 24 milhões, quando o Estado teve 100 mil veículos registrados. São Paulo possui cerca de 42 milhões de habitantes e, se dividir esse número pela quantidade de veículos licenciados, um a cada 1,68 morador teria o carro como seu meio de transporte. A quantidade da frota de veículos paulistanos é superior ao total da população da Austrália, que possui 22 milhões de habitantes, somados com toda a frota existente nos Estados das regiões Sul e Centro-Oeste, incluindo o Distrito Federal.
Segundo o DETRAN, esse crescimento faz com que o mercado de automóveis ande a passos largos. Com a facilidade para financiamentos justificam famílias com mais de um carro na garagem. Comprar carro é fácil, difícil vai ser encontrar espaço pra ele!
O caos da mobilidade urbana está presente diariamente no noticiário. O cenário desse caos está completo: congestionamentos, acidentes e mortes. Ônibus, metrôs e trens sempre lotados. O enredo parece não ter fim: motoristas impacientes nos intermináveis engarrafamentos, passageiros no ponto a espera de um ônibus que nunca passa e usuários dos trens andando sobre os trilhos após mais uma pane.
Nunca é demais repetir a urgência de uma mudança nos padrões de mobilidade. É preciso inovar, criar e implantar ações que atraiam o usuário do automóvel para outras formas de deslocamento. Só ações efetivas podem convencer as pessoas a não usarem o carro. E isso só será possível através da provisão de um serviço de transporte coletivo público, eficiente, confortável e seguro, o que, infelizmente, parece estar bem longe do cenário que se desenha para o futuro da mobilidade urbana em São Paulo e no Brasil.
Para quem não pode evitar o automóvel, nem os horários de pico, deve preparar-se para enfrentar, da melhor maneira possível, os congestionamentos. O trânsito estressa muito mais quem não se prepara para enfrentá-lo. É fundamental que o motorista se conscientize de que sozinho não pode mudar a realidade. Paciência e tolerância são as palavras-chave.