Fumar cigarros dentro do carro pode trazer mais problemas do que fumar fora dele. Pode diminuir a atenção do condutor.
Dirigir é um negócio arriscado, com milhões de motoristas nas estradas, nos centros urbanos, sem falar nas prováveis distrações que podem acontecer. Para rodar com segurança, os motoristas devem tomar diversos cuidados e o que muita gente não sabe é que o cigarro é um dos inimigos da direção segura.
O grande risco de fumar dirigindo é cair uma brasa do cigarro, inadvertidamente. É um hábito, uma questão cultural difícil de ser revertida. Falar no telefone celular ao volante é pior do que dirigir embriagado e dirigir fumando também é um grande risco. Ao fumar, o motorista desvia sua atenção do trânsito, o que pode resultar em acidentes.
O Código de Trânsito Brasileiro não determina a proibição dessa prática ao dirigir. Entretanto, de acordo com o artigo 252, o motorista deve manter as duas mãos ao volante. Só é permitido retirá-las para mudar de marcha ou acionar algum equipamento no veículo, como a seta, o limpador de para-brisa ou os faróis. Baseado nessa medida, diversos projetos de lei pelo Brasil afora pretendem impedir o fumo ao conduzir.
O Brasil é hoje exemplo a ser seguido quando o assunto é combate ao tabagismo. O aumento dos impostos sobre produtos com tabaco, restrições publicitárias e proibições à prática do fumo em locais fechados figuram entre as principais causas para a redução do número de fumantes. Mas houve um tempo em que fumar em transportes públicos como ônibus e aviões eram comuns. Mais ou menos na época dos anos 50 e 60, todo mundo fumava. Podia-se fumar nos cinemas, nos restaurantes, e nos bondes não era diferente. Ainda nos anos 80, nos restaurantes, o garçom logo se apresentava com um cinzeiro e o isqueiro em mãos para oferecer aos clientes.
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), existem outros agravantes decorrentes do hábito de fumar no carro. As cinzas podem causar algum tipo de irritação nos olhos, enquanto a fumaça pode provocar tosse excessiva. Quando se fuma um único cigarro em um automóvel com as janelas fechadas, atinge-se 150 ppm (partes por milhão) de monóxido de carbono no ar e 5% de carboxihemoglobina no sangue. A partir de 6% a 8% já se pode constatar a diminuição da atenção, decréscimo na visão periférica, prejuízo da distinção de cores e retardo na recuperação ao ofuscamento provocado por faróis.
Então, se você é fumante, deseja mudar de vida, mas não sabe como dar o primeiro passo, tente iniciar deixando o cigarro de lado ao entrar no carro. Sites especializados no assunto sugerem que é um bom começo por se evitar o cheiro característico no local, reduzindo-se assim a tentação. Deixar de fumar dentro do automóvel é uma boa mesmo! Afinal, carro sem odores ruins é mais valorizado na hora da venda, e também se torna um ambiente mais confortável para os passageiros.