Criado no início da década de 90, carro “mil” virou o mais vendido no Brasil, mas desempenho nunca agradou 100% os consumidores.
O carro com motor 1.0 continua abocanhando a maior parte das vendas de automóveis no Brasil. E no futuro, talvez seja reconhecido como o maior fenômeno da engenharia automobilística nacional, pois em mais de uma década, partiu de modestos 49 cavalos de potência para chegar aos 112 cv do Gol Turbo.
Com o governo Collor, ficou conhecido por liberar as importações de automóveis no início da década de 1990, após o então presidente defini-los como “carroças”. Mas a gestão do controvertido político também foi a responsável por criar esse segmento de automóveis no Brasil, os “carros populares”, com motores de cilindrada inferior a 1.000 cm³. A decisão de incentivar com impostos mais baixos o uso de pequenos motores foi imaginada para beneficiar o BR-800, primeiro veículo totalmente nacional, criado pela finada montadora Gurgel. Mas, num lance de oportunismo, foi aproveitada pela Fiat para virar o jogo no mercado. E ainda, atualmente, é a escolha de compra feito pela maior parte dos consumidores, sendo uma saída adotada visando à questão econômica, principalmente quando se enfrenta o trânsito caótico como o da cidade de São Paulo.
Carros populares ou carros econômicos, são bem menos potentes que os demais, e influencia em situações adversas, como subidas muito íngremes e ultrapassagens em rodovias. Se for rodar bastante com o carro em estradas ou pretende usar frequentemente o ar condicionado, o consumo do combustível do carro 1.0 pode ser equivalente ao de um motor 1.8. Lembre-se que o motor 1.0 tem vantagens mais acentuadas em carros pequenos. Se optar por um carro maior, por exemplo, como um sedan, a economia não será tão evidente.
Para quem dá valor à parte interna desses automóveis é bom lembrar que os acabamentos, tais como painel, bancos e laterais dos econômicos são bem mais simples se comparados aos veículos de maior potência. Apesar disso, é incontestável que essa categoria de veículos gasta muito menos, chega a rodar 15 km/L nas estradas e 10 km/L nas cidades. É um ganho financeiro e ao meio ambiente muito grande.
É relevante pensar que, ao adquirir um carro com motor 1.0, pensar que o preço, IPVA, seguro, manutenção, consumo e outros aspectos e vantagens são bem mais em conta. Porém essas diferenças de valores vem diminuindo. Nessas horas é importante colocar os diferenciais e todas as possibilidades para fazer a escolha que melhor lhe atenderá. Esses “carros populares” mudaram bastante desde seu lançamento. Hoje, com preços mais salgados quanto antes, alguns chegam a ter potência de 80 cv, quase o dobro do que tinha o primeiro Uno Mille. Já foram vendidos 1.0 com até 112 cv de potência, com o Gol e o Parati com motor 1.0 16 v sobrealimentado com turbo, lançados em 2000.
Os modelos 1.0 sempre foram famosos pelo seu valor e manutenção acessíveis. E o Uno Mille sempre foi o campeão desse título (atualmente sofrendo algumas ameaças perante a concorrência que o mercado impõe). Existem modelos à gasolina muito econômicos, mas os carros 1.0 ainda são campeões com o etanol.
Uma desvantagem triste quando se tem um automóvel com motor 1.0, é referente à depreciação do valor na hora de vender o carro, pois é maior do que em relação aos motores mais potentes.
Fique atento! Faça sua melhor escolha!
Curiosidade: Veja a evolução dos carros populares e seus motores 1.0:
