Segurança veicular: novos equipamentos obrigatórios a partir de 2020

Veículos novos com controle de estabilidade de série. E outros importantes equipamentos de segurança básica passam a ser obrigatórios este ano. Confira.

Ao longo dos anos, os carros vendidos no Brasil, ganharam muitos equipamentos de segurança. Tantos outros tornaram-se padrão, como foi o caso dos airbags frontais e freios ABS a partir de 2014. E essa evolução continua. Sempre há espaço para melhorar. Veículos novos vendidos no mercado brasileiro, por força da lei, serão mais seguros, a partir deste ano, de acordo com duas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que passam a vigorar.

Equipamentos obrigatórios para os próximos anos

Controle de Estabilidade: A primeira resolução 567/15 do Contran, em vigor desde 1º de janeiro, obriga que carros novos/lançados a partir desse ano, incluam, de série, o controle de estabilidade. A lei foi criada em 2015, e vale para novos modelos e também para os que passarem por grandes mudanças, como troca de geração. Para os veículos que já estão em linha no Brasil, e receberão atualizações menores, como mudança de ano/modelo, ou até mesmo reestilização, a adoção obrigatória do controle de estabilidade está prevista para 2022.

A obrigatoriedade da presença de controle de estabilidade (ESP) começou neste ano. (Foto divulgação)

Conhecido como ESC ou ESP, de acordo com a fabricante, o controle de estabilidade, evita que o condutor perca o controle da direção em manobras bruscas ou em curvas em alta velocidade. Ao perceber que ocorreu perda de aderência, uma central eletrônica pode frear cada uma das rodas individualmente, além de controlar a aceleração do motor. Assim, o veículo se mantém na trajetória diante de situações perigosas. O controle de estabilidade é um importante item de segurança, e já é obrigatório há alguns anos na Europa e nos Estados Unidos.

Isofix, cinto de segurança e apoio de cabeça: A segunda resolução 518/15 do Contran, e válida desde 29 de janeiro, estabelece a obrigatoriedade de cintos de segurança de três pontos e apoios de cabeça a todos os ocupantes, além de ancoragem Isofix para assentos infantis. O cinto de segurança de três pontos oferece maior proteção aos passageiros, na comparação do padrão subabdominal que alguns veículos têm na posição central do banco traseiro, que só tem dois pontos de fixação. Já o encosto de cabeça pode parecer banal, mas garante maior apoio ao pescoço em caso de colisões traseiras.

O sistema Isofix, um padrão internacional para fixação de cadeirinhas infantis, garante que a cadeirinha seja presa sem folgas no banco traseiro. Ou seja, promove o deslocamento mínimo do assento no momento da colisão, aumentando a segurança. Além da fácil instalação.

Luzes de rodagem diurna: Ou simplesmente luzes diurnas, tem a função de tornar o carro mais visível durante o dia. Acende ao dar partida no carro, mas mantém faróis e lanternas desligados. A lei permitirá que a lâmpada seja do tipo led ou halógena. Também são conhecidas pela sigla DRL – Daytime Running Light. Assim como ocorreu com o controle de estabilidade, as DRLs serão exigidas por etapas. De 2021 para projetos de novos veículos (inclusos caminhões e ônibus). Após 2023, todos os veículos fabricados e vendidos no país serão obrigados a ter o equipamento.

Equipamentos de segurança em discussão

O Contran vai regulamentar 13 novos equipamentos já presentes em carros mais caros. A ideia é estudar os sistemas e, em até quatro anos, padronizar suas características técnicas. Entre eles estão câmera de ré (obrigatória nos EUA a partir deste ano), alerta de frenagem de emergência, aviso de cintos desatados, alerta de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência. Há também um projeto que já foi rejeitado e pode voltar a ser estudado, que seria uma espécie de caixa preta para veículos, a fim de investigar a causa dos acidentes.