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Placa Mercosul: quarta versão mais simples e com novo prazo para adoção no país

A Placa Mercosul em sua quarta versão ficou mais simples, e com novo prazo estabelecido para a adoção no país. Nova Placa Mercosul será obrigatória; entenda.

Placa Mercosul: será o fim da novela? E diga-se de passagem, uma novelinha absolutamente sem graça. Tudo levava a crer que as placas do Mercosul seriam extintas, mas foi anunciado oficialmente o retorno da obrigatoriedade para todo o Brasil até o final de janeiro de 2020.

Vamos relembrar juntos a trajetória desta “série”: desde 2014, quando os países do Mercosul decidiram utilizar um mesmo padrão de placa de identificação de veículos, o Brasil já alterou o prazo para adoção das placas Mercosul inúmeras vezes. Inúmeras vezes! O modelo já utilizado na Argentina e no Uruguai deveria ter entrado em vigor por aqui em janeiro de 2016. Depois foi adiado para 2017, e setembro de 2018 e então junho de 2019. Por fim (esperamos mesmo que seja o fim!) a data limite passou a ser janeiro de 2020.

A única certeza que temos, é que tudo isso revela a falta de seriedade e decência do governo com todos nós, cidadãos brasileiros. Porém, vamos nos conter por aqui. Afinal, o assunto é a nova Placa Mercosul e será obrigatória em todo território nacional. 🚗🇧🇷

Os Detrans de todo o país terão até o dia 31 de janeiro de 2020 para adotar a placa padrão Mercosul. A foto abaixo é da quarta e mais recente versão da placa Mercosul, que passou a valer no último dia 26 de agosto, quando entraram em vigor as novas regras do Contran – Conselho Nacional de Trânsito – para o padrão de identificação veicular.

A mais recente versão perdeu efeito difrativo e colorido nos caracteres e ondas sinusoidais no fundo branco. (Foto divulgação)
A mais recente versão perdeu efeito difrativo e colorido nos caracteres e ondas sinusoidais no fundo branco. (Foto divulgação)

De acordo com a nova resolução, publicada pelo Ministério da Infraestrutura, o modelo Mercosul será exigido nos casos de primeiro emplacamento do veículo; substituição de qualquer uma das placas em decorrência de mudança de categoria do veículo ou furto, extravio, roubo ou dano da referida placa; mudança de estado ou município; ou quando houver necessidade de instalação da segunda placa traseira. A medida, agora, dispensa a implantação da nova placa em caso de transferência de propriedade e troca de categoria do veículo.

Os veículos com placas cinzas poderão circular até o seu sucateamento, sem necessidade de substituição das placas. No entanto, a qualquer momento, os proprietários desses automóveis poderão optar voluntariamente pelo novo modelo.

Disponível em sete Estados e presente em mais de 2 milhões de veículos no Brasil, o novo formato perdeu elementos de segurança e ficou consideravelmente mais simples que o modelo original – que estreou dia 11 de setembro de 2018 no Rio de Janeiro, onde mais de 835 mil carros, motos e utilitários já circulam com a placa Mercosul. Nesta última atualização, a placa deixa de trazer duas características visuais criadas para prevenir clonagens e falsificações: as palavras “Brasil” e “Mercosul” com efeito difrativo, semelhante a um holograma, aplicadas sobre os caracteres e na borda externa; e as chamadas ondas sinosoidais, grafadas no fundo branco do equipamento. No lugar do efeito difrativo, as inscrições passam a vir na mesma cor dos caracteres, praticamente desaparecendo.

Desde a estreia no Rio de Janeiro no ano passado, a placa Mercosul passou por outras duas modificações visuais, sempre relacionadas a itens de segurança e com a alegação, de parte do governo federal, de redução nos custos de fabricação e, consequentemente, ao consumidor final. A primeira delas aconteceu já em setembro do ano passado, por meio da Resolução 741, que retirou o lacre, utilizado até hoje na placa cinza e substituído pelo QR Code – que permite rastrear todo o processo de produção da placa. O fim do lacre, de fato, ajudou a reduzir o preço da placa Mercosul no Rio. Em novembro de 2018, outra resolução (748) do Contran determinou a exclusão da bandeira do Estado e do brasão do município de registro do veículo.

Hoje, a placa Mercosul no Rio de Janeiro sai por R$ 173,07 para automóveis e R$ 52,98 para motos. A placa cinza custava R$ 219,35 para carros no Estado fluminense.

Mais características da Placa Mercosul

A placa deverá ser revestida de película retrorrefletiva, na cor branca, com uma faixa na cor azul na margem superior, contendo ao lado esquerdo o logotipo do Mercosul. Ao lado direito, ficará a bandeira nacional. No centro, a inscrição “Brasil”. Além disso, a identificação deverá conter sete caracteres alfanuméricos, em alto relevo, na sequência LLL NLNN (letras e números).

As cores dos caracteres alfanuméricos deverão variar de acordo com o tipo de uso. Para os veículos particulares, as letras e os números terão a cor preta. Para carros de aluguel ou autoescola, será vermelha. Automóveis oficiais e de representação vão utilizar a cor azul. Veículos diplomáticos terão caracteres dourados. Os de coleção serão identificados pela cor cinza. E os especiais (usados para experiência de fabricantes), pela cor verde.

Características dos registros no sistema

No caso de adoção do novo modelo, os caracteres alfanuméricos originais da placa deverão ser mantidos no cadastro do veículo. Deverão, também, constar do campo “placa anterior” no Certificado de Registro de Veículo (CRV, documento usado na transferência de propriedade do veículo) e no Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV, documento que deve ser sempre carregado pelo condutor), atribuindo-se a nova combinação alfanumérica da placa Mercosul.

Reboques, semirreboques, motocicletas, motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos e quadriciclos, bem como os tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria ou executar trabalhos agrícolas e de construção e pavimentação, ou os guindastes serão identificados apenas pela placa traseira.

Tanto os fabricantes de placas quanto os estampadores deverão ser credenciados pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran), respectivamente.

Bora se animar gente. Para tantos outros Estados, incluindo o nosso, São Paulo, o dia “D” está chegando… 31 de janeiro de 2020 está logo ali! 🤔🙄 Salvo a brincadeira, o jeito é esperar pelo próximo capítulo mesmo.

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