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“Placa Mercosul” é o novo padrão a ser usado no Brasil

O padrão “Placa Mercosul” começa a ser adotado no Brasil, e Rio de Janeiro estreia o sistema unificado.

Após sucessivos adiamentos, idas e vindas, e muitas trapalhadas protagonizadas nos últimos anos pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), enfim, agora vai. 💪 A nova placa para os países do Mercosul finalmente chegou ao Brasil, e detalhe: de um comunicado repentino do Detran do Rio de Janeiro, sendo confirmado a estreia do sistema unificado de identificação de veículos.

A fim de seguir um novo padrão, o lançamento foi confirmado pelo Planalto e aconteceu no dia 11 de setembro, em cerimônia realizada com as presenças de autoridades do Ministério das Cidades e governo estadual. Este novo padrão foi proposto lá atrás, em 2014, e implantado no Uruguai (desde março de 2015) e na Argentina (desde abril de 2016). Aqui sofreu diversos adiamentos entre outras razões devido o custo alto da placa e por conta do cronograma original que obrigava os milhões de automóveis e veículos comerciais e mais outros milhões de motos em circulação a uma substituição acelerada.

Acreditamos que os órgãos competentes entraram num acordo, enfim. Agora não haverá mais obrigatoriedade de troca de placas para os veículos que já estão em circulação. A resolução anterior dava prazo de 5 anos (até 2023) para toda a frota nacional rodar com as novas placas. A placa do Mercosul só será obrigatória para carros novos – portanto, o primeiro emplacamento – transferidos de município ou de proprietário, e/ou em outras situações que exigem a troca de placas. Para os demais, é possível aderir ao novo padrão voluntariamente. No Rio de Janeiro, o custo do novo modelo é de R$ 219,35. De acordo com o Detran-RJ, é o mesmo valor que estava sendo praticado com o modelo de placa anterior.

O que é a Placa Mercosul e o que muda?

As novas placas do Mercosul são inspiradas no sistema integrado adotado já há vários anos pelos países da União Europeia. Serão aplicadas de maneira padronizada para cinco países signatários: Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela. A ideia é fazer as placas veiculares seguirem um padrão único nos países que integram o Mercosul. Além de facilitar os trabalhos de fiscalização por conta da padronização, o novo modelo traz recursos para combater fraudes.

Vamos lá: a principal mudança da nova placa está no padrão visual, que será sempre com fundo branco e uma faixa azul na parte superior. O que vai definir a categoria do veículo serão as cores das letras e números. E a sequência foi alterada. O sistema atual, com três letras e quatro números (AAA-0000) dará lugar a um com quatro letras e três números (AAA0A00).

Modelo placa padrão Mercosul. (Foto divulgação/internet)

A plaqueta que identifica o estado e o município de registro também será aposentada. Em seu lugar haverá somente a inscrição “Brasil”. Dois brasões irão identificar o município e o estado do automóvel, com o nome da cidade escrito em uma fonte menor sob o logotipo.

Para veículos particulares, a moldura e os caracteres serão pretos. Mas a cor muda conforme o tipo de veículo. Aqueles destinados a fins comerciais, como táxis e ônibus, terão moldura e caracteres em vermelho, veículos diplomáticos seguirão a cor laranja, carros oficiais receberão cor azul e assim por diante. 👉🚗

Entre os itens de segurança estão a pintura difrativa dos caracteres principais, marcas d’água e um QR Code no lado esquerdo, acima dos dizeres ‘BR’. O QR Code contém um número de série que ajudará em ações de fiscalização e no combate à clonagem ou adulteração de placas. Outro recurso de segurança é um chip que armazena dados do veículo para leitura rápida pelas autoridades. Por poder transmitir dados por radiofrequência, eventualmente, o chip poderá ser usado para cobrança automática em pedágios e estacionamentos.

Modelos de placas padrão Mercosul. (Foto divulgação/internet)

Os tamanhos das novas placas não mudam. Portanto, elas continuarão tendo 40×13 cm ou, no caso de motos, 20×17 cm. Por conta dos recursos de segurança, o novo modelo não precisa de lacres, de acordo com o Ministério das Cidades, órgão ao qual Denatran e Contran estão vinculados.

No total, serão 450 milhões de combinações alfanuméricas (a serem compartilhadas entre todos os países do Mercosul), bem mais do que as 175 milhões de possibilidades das atuais placas brasileiras, que utilizam um conjunto fixo de três letras seguidas por quatro números. E quanto ao restante do Brasil, não há informações sobre quando a “Placa Mercosul” será adotada pelos demais estados, mas a regulamentação do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) determina que todo o país deverá ter aderido ao novo padrão até 1º de dezembro de 2018. Claro, isso se não houver mais adiamentos… 😒

 

#AutoPeçasMolina é informação! 😉