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Movidos a gasolina gastarão mais com novo combustível

gasolina1No dia 23 de março de 2015, a tecnologia bicombustível usada em automóveis brasileiros completará 12 anos. O primeiro lançamento com o motor adaptado para receber gasolina e/ou etanol, chamado de álcool em 2003, foi o Volkswagen Gol 1.6 Total Flex.

Mais de uma década se passou e as técnicas continuam sendo aperfeiçoadas a cada lançamento. Mas como ficarão os consumidores que não possuem, em seus carros, a possibilidade de utilização de dois combustíveis e só podem abastecer com gasolina; depois da mudança que entrará em vigor no próximo dia 16 e que determina a adição de 27% de etanol nela?

Ficarão no prejuízo! Os veículos que só podem ser abastecidos com gasolina sofrerão aumento de até 4% no consumo. Já em veículos “flex”, não haverá diferença no rendimento pois os sistemas de injeção eletrônica e ignição estão calibrados para que o motor aceite uma maior quantidade de etanol na mistura sem que isto lhe cause avarias.

Efeitos da nova mistura em motores à gasolina

Possíveis problemas poderão ocorrer quando o consumidor utilizar a “nova” gasolina em motor desenvolvido apenas para receber o combustível com percentual máximo de 22% de etanol em sua mistura pois uma variação bruta afeta seu funcionamento e desempenho. Falhas na dirigibilidade, dificuldades na partida a frio, desgaste prematuro de peças e até maiores emissões de gases poluentes são alguns destes contratempos.

Mas há uma maneira de se evitar estas adversidades; a solução é optar pela utilização de gasolina “premium”, que possui volume máximo de 25% de etanol em sua composição e não sofrerá adição extra nesta fase.

Segundo especialistas, as montadoras poderão demorar, no mínimo, um ano e meio para adaptar os propulsores de seus motores à nova gasolina e este tempo é necessário para a realização de testes de componentes, recalibração do sistema eletrônico de gerenciamento do combustível e nova certificação dos veículos que estarão à venda no mercado nacional ante às regras de emissões veiculares e consumo.

Para os consumidores, a elevação do nível de etanol à gasolina não trará benefício algum, muito menos redução do preço do combustível mineral nas bombas dos postos em todo o país.

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A decisão por esta medida partiu de um acordo entre a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) e o setor sucroalcooleiro, celebrado dia 02 deste mês; mas os debates vinham acontecendo desde o ano passado entre as instituições e o Governo Federal, que defendia que a adição de etanol chegasse a 27,5%. Mas a definição em 27% foi possível porque, segundo a Anfavea, números fracionados não podem ser aferidos pelas provetas de verificação de qualidade instaladas nas bombas dos postos.

 

Quantas vezes a composição da gasolina foi alterada

 

No ano de 2011, houve a falta de etanol no mercado brasileiro contribuindo, assim, para uma alta substancial em seu preço, o que motivou o governo a determinar a redução da adição do combustível vegetal de 20 para 18% à gasolina.

 

Em 2013, para diminuir o impacto do reajuste dos combustíveis aos consumidores, foi ajustada que a mistura deveria chegar a 25% de etanol.

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