Pé no freio, mão na consciência e olhos bem abertos nos radares! E muita paciência para rodar nas marginais Tietê e Pinheiros.
Essa semana tivemos a notícia “supra-sumo” da Prefeitura de São Paulo: “Reduza a Velocidade. Nova regulamentação a partir de 20/07”. E o “prazer” de colocarmos em prática, afinal “mexeram” com as vias mais importantes da cidade, a Marginal Tietê e Pinheiros.
Eis que então, começou nesta segunda feira, 20 de julho, a nova intervenção de transporte, a redução do limite de velocidade das duas longas avenidas que “encirculam” boa parte do chamado centro expandido de São Paulo. Para quem não conhece a cidade, cada marginal é na verdade um conjunto de três pistas, pelo menos na maior parte de sua extensão: uma avenida “expressa”, uma avenida “central” e uma avenida “local”. Os apelidos estão relacionados com a proximidade do segmento da avenida ao rio ou à entradas para os bairros. Pois bem, precisamos dar novos “apelidos” às pistas, certo? Principalmente à expressa. Coitada, “pista expressa”, oi??? Aceitaremos palpites e opiniões futuras, mas voltando ao assunto…
Nas “pistas expressas” das marginais, a máxima permitida passou de 90 km/h para 70 km/h. Na pista central passou de 70 km/h para 60 km/h e na pista local, de 70 km/h para 50 km/h. No domingo (19) que antecedeu a nova regulamentação, a maioria dos motoristas já trafegavam de acordo com a nova margem, pois as novas placas de sinalização já estavam implantadas. E também bem visível os diversos radares fixos existentes nas vias. São 18 pontos com radares que fiscalizarão os novos limites. Na marginal Tietê há um radar a cada 2,4 km para fiscalizar o excesso de velocidade e na marginal Pinheiros, um radar a cada 2,75 km. Quem exceder a velocidade pode receber multas que variam de R$ 85,13 a R$ 574,62 e que rendem de 4 a 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
A gestão Fernando Haddad (PT) implantou a redução da velocidade com a justificativa de reduzir acidentes e congestionamentos. Segundo a prefeitura, é diminuir o número de acidentes, com especial atenção a motociclistas, pedestres e ciclistas, considerados mais vulneráveis. As duas marginais são campeãs em vítimas do trânsito na capital. Em 2014, foram 1.399 feridos e 73 mortes.
Mas cabe aí um desabafo, o maior problema não é o limite de velocidade, mas a falta de consciência de motoristas e pedestres! Não é diminuindo o limite que vai haver menos acidentes. Entre prós e contras, as opiniões são diversas da população de São Paulo. Muitos preveem a piora no trânsito e tantos outros apoiam a redução. Motoristas argumentam que vão perder tempo, que lentidões surgirão em trechos que por ora tinham fluência, que as autoridades querem ampliar as receitas com eventuais infrações e desrespeito aos novos limites implantados. Ou seja, toda vez que surge um debate como este fica instalada a polêmica. A cada iniciativa desta natureza a polarização de opiniões ganha uma visibilidade enorme, mas os argumentos são sempre os mesmos e nada de novo surge nessas discussões. O fato é que boa parte da população está insatisfeita com a redução dos limites de velocidade, e de outro lado, o poder público que tem o dever legal de priorizar as ações em defesa da vida, conforme estabelecido no primeiro artigo do Código de Trânsito Brasileiro.
Enquanto isso, os motoristas tentam se adaptar e, em geral, exercer o bom senso e seguir o código. Assim, nos resta colocar a mão na consciência e o pé no freio, dando preferência à preservação da vida.
#AutoPeçasMolinaéAnálise 😉