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Indústria de carros na China volta a produzir

Indústria de carros na China volta a produzir após paralizações para evitar o avanço do novo coronavírus no país, que foi epicentro da crise.

Otimismo, pode ser a palavra de ordem na China neste momento. Após a queda brutal nas vendas de veículos no país, por conta do surto do novo coronavírus, a indústria de carros, montadoras e representantes do setor preveem rápida recuperação do maior mercado do mundo. A China fortemente atingida pela pandemia do novo vírus começa a retomar a vida normal pelo menos no setor automotivo.

Apesar da queda nas vendas no primeiro trimestre, a Volkswagen divulgou um ritmo satisfatório de recuperação em sua produção. Stefan Woellentein, diretor de negócios do Grupo Volkswagen na China, demonstra confiança e diz que as vendas de veículos devem quadruplicar no mercado chinês. “Estamos cautelosamente otimistas de que os piores efeitos da crise ficarão para trás em dois a três meses”, disse o executivo. Woellentein afirma que a procura ainda é baixa, porém, garantiu que a empresa está preparada para aumentar a capacidade de produção assim que a demanda apresentar sinais de alta.

Queda de vendas na China: de 3 a 15%

Segundo estimativas da Volkswagen, este ano o mercado chinês deve cair de 3 a 15% em relação ao ano passado. Mesmo assim, os investimentos do grupo alemão no país asiático não foram alterados. “Assumimos que a recuperação continuará e que voltaremos a operar num ambiente normal de mercado em 2021”. “Há mais e mais sinais de que os negócios estão se recuperando”, disse. “Até o meio do ano, podemos voltar ao volume planejado no ano passado”, acrescentou Woellenstein.

A Volkswagen planeja vender 1,5 milhão de carros elétricos por ano na China a partir de 2025. O Grupo VW investiu US$ 4 bilhões (ou R$ 20 bilhões) na China para fabricar o ID.3 seu novo modelo elétrico.

Chinesa Geely, espera crescer no mercado doméstico em 2020

A Geely Automotive Holdings, o maior grupo automotivo da China, foi considerada referência no controle à contaminação pelo novo coronavírus em todas as suas fábricas. As novas atitudes, hábitos e protocolos de restrição da Geely, permitiram que a empresa retomasse sua produção em 1o de março.

Assim que os primeiros casos surgiram, em janeiro, a empresa cancelou as viagens de seus funcionários e proibiu a entrada de convidados em sua sede, na cidade de Hangzhou. Os funcionários tinham a temperatura medida nos acessos por meio de câmeras termais e as máquinas de ponto foram movidas para fora dos prédios. As maçanetas dos veículos eram higienizadas enquanto os funcionários trabalhavam e nos elevadores foi limitado o número de pessoas, e oferecidos lenços para a limpeza das mãos. Além das reuniões serem feitas por meio de vídeo-conferência, todos os funcionários passaram a manter a distância de um metro entre si. Resultado: Geely sem coronavírus. Sua produção voltou ao normal mesmo antes da pandemia ser controlada na própria China e no resto do mundo.

A Geely espera vendas domésticas de 1,41 milhão de automóveis ainda este ano, com crescimento de 3,5% sobre 2019. Inclusive, iniciou a produção de um novo carro, o Polestar 2, com motores a gasolina e elétrico de 408 cv. Polestar é a recém-lançada marca de esportivos da Volvo, controlada pela Geely.

Bom, não há dúvidas de que o retorno do setor automotivo na China seja uma esperança para os demais países que ainda vivem com o avanço do novo vírus.

***Entrevista com Stefan Woellentein, diretor de negócios do Grupo Volkswagen na China, fornecida pelo Jornal do Carro.

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