MESMO APOSTANDO EM LANÇAMENTOS, MONTADORAS NÃO PREVÊEM RECUPERAÇÃO
O ano de 2014 pode ser intitulado “o ano da estagnação econômica brasileira” em diversos setores e para o mercado de carros 0 KM não foi diferente. A queda nas vendas de veículos e comerciais leves foi de 6,9% em relação a 2013, segundo levantamento divulgado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) que informou ainda que, no contexto geral, incluindo ônibus e caminhões, o declínio foi de 7,15%; um percentual assustador.
Apesar de depositarem grande confiança em uma retomada nas vendas com os lançamentos para 2015, os fabricantes de automóveis ainda esperam redução de 0,5% para este ano. No mercado de ônibus e caminhões a esperança é ainda menor pois é aguardada queda de 1,1%. Os motivos que impedem otimismo por parte da indústria estão ligados ao baixo crescimento do país, cujo PIB estimado é de 0,5%, e o retorno das antigas taxas de IPI que podem resultar em acréscimos entre 3,5 e 4,5% nos preços dos veículos já a partir do próximo mês com o fim dos estoques, nas concessionárias, de carros comprados até dezembro passado com IPI reduzido.
Não bastasse a já aguardada desaceleração da economia para 2014 logo em seu primeiro trimestre, ainda houve campanhas nas redes sociais na tentativa de boicote à compra de carros 0 KM. Para justificar o intento, as páginas apontaram a prática abusiva de margens de lucros definidas pelas montadoras, no mercado brasileiro, e a pesada carga de tributos que elevam, consideravelmente, os preços dos automóveis no país. Também apresentaram comparativos de custos de determinados veículos vendidos no Brasil e nos EUA, revelando o abismo econômico que há entre as duas nações. Mas, embora a queda nas vendas em 2014 tenha sido forte, ela nada tem a ver com estas campanhas que não atingiram seu objetivo de boicote às montadoras.
LANÇAMENTOS: LUZ NO FIM DO TÚNEL
Os fabricantes de veículos pretendem reverter ou, pelo menos, diminuir as expectativas negativas para 2015 com seus lançamentos no ano, e não serão poucos. Entre os meses de março e abril, a indústria apresentará ao mercado novos modelos e versões renovadas para os já existentes, o que deve representar um “up” nas vendas.
Os utilitários compactos de apelo urbano serão a “carta na manga” das montadoras e a Honda chegará primeiro neste nicho de mercado com o já desenvolvido crossover HR-V. Os consumidores desta linha também terão à sua disposição o modelo Renegade, da Jeep, nas versões flex ou a diesel. Também está previsto o lançamento do Peugeot 2008, SUV que a marca francesa pretende vender a partir de junho e o modelo Duster, da Renault, virá renovado este ano com novos equipamentos como controlador de velocidade de cruzeiro e nova central multimídia.
O Ford EcoSport também deverá trazer novidades em 2015 mas o mais aguardado da marca norte-americana é o lançamento do novo Focus nas versões sedã e hatch, que deverá acontecer no Salão do Automóvel de Buenos Aires, Argentina, em junho. Sabe-se que as principais mudanças no modelo estão em seu interior com novo painel e sistema de entretenimento em telas touch, sensíveis ao toque, e que seu design vai se alinhar a Fusion e New Fiesta.
A Volkswagen também vai mudar seu Jetta e mantém sob segredo absoluto as novidades da próxima geração do Gol. A Fiat também não adianta a reestilização do Palio e nem a Renault dá pistas de como será a versão esportiva, com motor 2.0 flex, do Sandero.
Com estas novidades em todas as faixas de preços, a indústria automobilística pretende diminuir a queda nas vendas em 2015 e, ainda que feche o ano com resultado negativo, quer ficar bem longe do péssimo desempenho de 2014.
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