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Sistema antiesmagamento dos vidros elétricos evita acidente

Dispositivo antiesmagamento, obrigatório por lei no Brasil, impede o fechamento total do vidro quando há um obstáculo, evita acidentes e salva vidas

Hoje em dia é comum o consumidor demonstrar uma maior preocupação com itens de segurança na hora da compra do carro. Com isso, falaremos de um assunto que faz parte deste contexto, de grande importância, que são os dispositivos antiesmagamento. 🙂

O sistema de vidros elétricos antiesmagamento evoluiu e hoje é considerado um grande avanço no que diz respeito a acidentes automobilísticos, especificamente não relacionados ao trânsito. Se antes eles só funcionavam com o botão, agora muitos são integrados ao sistema de alarme e travamento de portas e fecham automaticamente.

Historicamente, a implementação de vidros elétricos comuns representou um aumento de segurança significativo em relação aos vidros manuais. Eram arriscados os vidros de carro com fechamento manual, especialmente perto de crianças, animais e mesmo adultos distraídos com o trânsito ou sons externos ao carro, sendo responsáveis diversos casos de esmagamento e sufocamento acidental. Por outro lado, a implementação dos vidros elétricos, mesmo possibilitando mais controle ao motorista, no que diz respeito à segurança, e prevenção a acidentes principalmente com crianças, gerou um sistema capaz de gerar força suficiente para machucar, quebrar e esmagar parte mais sensíveis do corpo humano, em especial os dedos. Portanto, houve a necessidade de um bom mecanismo para evitar acidentes.

Conhecemos o sistema de “um toque” para abertura e fechamento dos vidros elétricos nos carros. Por conta de seu movimento automático e a grande representação dos riscos aos adultos desatentos, animais e especialmente as crianças, esses dispositivos de subida automática, obrigatório no Brasil desde o início do ano, agora têm a função que interrompe o movimento quando o vidro encontra um obstáculo no caminho, fazendo-o retroceder alguns centímetros.

Sistema antiesmagamento em vidros de carros ajuda a evitar acidentes com passageiros, principalmente as crianças. (Foto divulgação)
Sistema antiesmagamento em vidros de carros ajuda a evitar acidentes com passageiros, principalmente as crianças. (Foto divulgação)

Obrigatório por lei – resolução nº 468 do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), em vigor desde 1º de janeiro de 2017 – assegura que o sistema retorna automaticamente o vidro ao encontrar uma mão ou outro obstáculo, evitando danos ou riscos ao usuário, sendo todos os carros com vidros, teto solar ou divisória interna com fechamento por um toque. Determinada este recurso, a resolução nº 468 designa também que o vidro deve parar de subir antes que faça uma força superior a 100 Newtons no obstáculo que encontrar.

No texto da resolução do CONTRAN também aponta que o sistema antiesmagamento deve abrir a janela em pelo menos 20 centímetros, de modo a permitir a colocação de dispositivo de resgate caso algum ocupante fique preso no carro. O vidro também pode retornar ao ponto onde a subida automática começou ou se abrir por inteiro automaticamente, caso encontre um obstáculo no caminho. Em relação ao teto solar, o sistema abrirá o vidro por inteiro.

E uma outra exigência do CONTRAN é em relação aos botões de acionamento dos vidros. O texto ordena que sejam do tipo “puxe e empurre”, pois o formato impede que o movimento seja acionado de forma acidental. Define também um botão junto aos comandos dos vidros do motorista que interrompa o funcionamento dos comandos traseiros. Tal medida serve para que o motorista tenha algum controle sobre os botões que estejam fora de seu alcance físico e impeça seu acionamento.

Para maior conhecimento…

O CONTRAN exigia a instalação do dispositivo/equipamento em vidros elétricos com fechamento automático, desde 1992, de acordo com a resolução 762, regulamentada no mesmo ano, isso garantia (em tese) que os veículos fabricados em 1992 deviam possuir o sistema de antiesmagamento, porém não era o que acontecia na realidade. 😕 Hoje, de acordo com o Ministério das Cidades e Conselho Nacional de Trânsito, citamos dois trechos da lei em vigor neste ano, de 16/12/2013 (nº 243, Seção 1, pág. 73):

– “Art. 2º – Os requisitos desta Resolução se aplicam aos veículos automotores, nacionais ou importados, equipados com acionadores energizados para o funcionamento dos dispositivos: janelas energizadas, teto solar e painel divisor.”

– “Art. 5º – Esta Resolução entra em vigor 1º de janeiro de 2017, após sua publicação, facultando aos fabricantes de veículos automotores nacionais ou estrangeiros e aos fabricantes dos dispositivos citados no art. 2º desta resolução sua adoção antes do prazo estabelecido, quando ficará revogada a Resolução Contran 762/92.”

Contudo, e para melhor entendimento, veja como funciona os sistemas de vidros elétricos:

1 – No controle Simples do vidro elétrico é necessário manter o botão de subida do vidro pressionado ou puxado. Ao soltá-lo, o vidro deve parar. No texto atual, a resolução 762 não exige anti-esmagamento neste caso.

2 – Nos veículos com “one touch” basta apertar o botão uma vez para que o vidro suba automaticamente até o fim, sem precisar mantê-lo pressionado, a lei exige a função anti-esmagamento.

3 – No acionamento por controle remoto ou alarme, os vidros fecham totalmente quando o botão é acionado. A lei atual também exige o recurso de segurança neste caso.

E, a título de curiosidade…

Testes realizados indicam que os vidros elétricos de um carro abrem e fecham em média 30 mil vezes, sem a necessidade de manutenção. Mas, isso ocorre quando eles são utilizados quando necessário. Por isso, você que tem filho, avise-o que o vidro elétrico não é para brincar, o sobe e desce desnecessário irá reduzir a vida útil do sistema. 😉
Curtiu o assunto? Sempre bom estarmos cientes sobre tudo que envolve a nossa e a segurança de nossas famílias!

 

#AutoPeçasMolina é informação! 😉