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Radar de velocidade: quais os tipos de radar e como funciona

Entenda o que é o radar de velocidade, como funciona e para que ele serve

Quando se é motorista, um assunto que sempre dá o que falar nos encontros de amigos, no trabalho, ou até em casa com os familiares é sobre o famoso radar. Fato! Sempre tem alguém reclamando que levou uma multa ou surge aquele curioso questionando o seu funcionamento.

Uma coisa é certa (pelo menos para alguns colegas): os radares são os indesejáveis companheiros dos motoristas, principalmente quando o pé no acelerador pisa mais forte. 🙄 Não tem jeito gente! O motorista deve seguir muitas regras de trânsito para evitar acidentes e multas. Uma das regras bastante conhecida por todos é respeitar os limites de velocidade. E para fazer o controle desse fato do trânsito, os órgãos responsáveis utilizam os radares de velocidade, sejam eles móveis ou fixos.

Presente na maioria das grandes cidades, os radares eletrônicos de velocidade são ao mesmo tempo um suporte para a segurança dos motoristas e um incômodo para os usuários do sistema viário. Isso acontece porque há muitos que julgam os radares como “caça-níqueis”, mas a verdade é que, em locais que há a presença desses redutores de velocidade, o índice de acidentes pode cair muito. A grande utilização dos radares aqui no Brasil vêm da junção de dois fatores, que são um verdadeiro desastre, sendo eles: a infraestrutura precária (de muitas vias, ainda!) e a imprudência cultural, “que nós, brasileiros”, levamos na bagagem. 😕

Enfim e continuando…

Se você imagina que o sistema de radar é algo simples, engana-se meu caro motorista! Existe muita tecnologia empregada em cada tipo de radar presente nas ruas e grandes vias movimentadas. E com a intenção de facilitar a sua, a minha, as nossas vidas, vamos explicar neste artigo como funciona um radar de velocidade e quais os tipos de aparelhos. Afinal, essa é uma informação útil para qualquer condutor, pois pode evitar levar aqueles pontinhos chatinhos na carteira. 😬⚠

O que são radares?

Um radar de velocidade é o aparelho capaz de monitorar o tráfego de veículos e identificar quando um deles circula acima do limite estabelecido para a rodovia em questão. É um dispositivo que emite ondas de rádio, em um intervalo constante. Tais ondas vão em uma frequência e, quando colidem com um objeto, no caso um carro, retornam em outra, gerando o chamado efeito Doppler.

Um rápido parênteses sobre o efeito Doppler…
Recorda-se sobre suas aulas de física? Não!?! Para refrescar sua memória, vamos a um exemplo prático e fácil do efeito Doppler: quando uma ambulância está se aproximando, você ouve a sirene de uma maneira e, quando ela está se afastando, você ouve de outra forma. Devido à distância, percebemos a frequência de um jeito diferente. Essa diferença está de volta com os radares, mas em vez de percepção sonora o que muda são as frequências das ondas eletromagnéticas. Dessa forma, é possível calcular a velocidade com que os objetos, no caso os carros, estão se aproximando. Também é assim que os institutos de meteorologia calculam quando as chuvas chegarão às cidades.

Agora que você já sabe como é o funcionamento dos radares em geral, está na hora de saber como funcionam os aparelhos utilizados pelas empresas responsáveis pela fiscalização das vias urbanas. Os tipos de radares atualmente em operação, segundo a CET, são:

– Radar Fixo: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em local definido e em caráter permanente (os chamados “pardais”);

– Radar Estático: medidor de velocidade com registro de imagens instalado em veículo parado ou em um suporte apropriado;

– Radar Móvel: medidor de velocidade instalado em veículo em movimento; e,

– Radar Portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o veículo alvo.

Móvel, fixo, estático e portátil são os tipos de radar. (Foto divulgação)

Bom, após essa divisão dos dispositivos, vamos entender como funciona um radar de velocidade. Os radares móveis e portáteis funcionam por onda. Esses tipos de radares marcam a velocidade dos veículos a partir da emissão de ondas que o próprio veículo reflete. De acordo com o tempo passado entre a emissão e o reflexo da onda, o aparelho consegue calcular a velocidade em que o veículo está.

O radar estático é o que fica posicionado sobre um automóvel ou tripé, não necessitando da presença da autoridade junto a ele.

Existe o radar popularmente chamado de “pistola”, um dos tipos mais comuns de radar. Este modelo de medidor de velocidade costuma ser manuseado pelos próprios agentes de trânsito que, ao apontá-lo para o veículo, sabem se o automóvel passou da velocidade que havia sido configurada como limite. Assim como todos os radares móveis, essa marcação se dá por meio de ondas de rádio e, ao detectar excesso de velocidade, o aparelho fotografa a placa do veículo.

Já o radar fixo (o famoso pardal), tecnicamente falando, não seria bem um radar, pois ele funciona por sensores, e não por ondas de rádio. Para você entender melhor, sabe aquelas marcas que ficam visíveis no asfalto perto dos radares de velocidade fixos? Elas são sensores magnéticos que foram colocados no chão justamente para medir a velocidade que você está passando pelo local. Cada um desses sensores cria uma espécie de barreira e, quando o veículo passa, ele “rompe” ela. Como são colocados normalmente dois sensores, existem duas barreiras, as quais são rompidas sequencialmente. Esses sensores ficam ligados a um computador, que calcula o tempo que o seu veículo demorou para ir de um ponto ao outro. É com base nisso que define a velocidade que você estava trafegando naquele momento.

Caso a velocidade seja maior do que 10% do limite estabelecido para a via, o equipamento fotografa a placa do seu veículo. O mesmo acontece com os radares de velocidades móveis, portáteis e estáticos, que registram a imagem quando o veículo excede em mais de 10% a velocidade limite.

E você sabia que o radar de velocidade pode aplicar outras multas? Sim! Por incrível que pareça, sim!

Estamos carecas de saber que, normalmente, os radares de velocidade, tanto fixos quanto móveis, são utilizados para autuar quem excede o limite de velocidade. Entretanto, uma exceção acontece na capital de São Paulo, onde os radares são utilizados para detectar carros que estejam burlando o rodízio de placas imposto pela prefeitura. Esses equipamentos utilizam a tecnologia OCR – Optical Character Recognition – para capturar imagens das placas e cruzar com os bancos de dados do Departamento Estadual de Trânsito, o Detran. Exemplo em outros estados, os radares já foram utilizados para identificar veículos com pendências, especialmente quando estes passam próximos de postos de fiscalização.

Bom, ficamos por aqui. Em breve, em outro artigo, falaremos um pouco mais sobre os radares de velocidade. Por ora, temos boas informações que fica para nosso aprendizado. Vamos reforçar também que para evitar acidentes, ajudar a reduzir o número de tragédias nas ruas, avenidas e estradas, e não receber infrações é respeitando as leis de trânsito vigentes no país.

Sejamos motoristas conscientes! O motorista que faz a sua parte para um trânsito mais seguro para todos. #FicaaDica 👉🙂🚗 

 

#AutoPeçasMolina é informação! 😉