A imprudência ao volante é a principal causa dos acidentes de trânsito fatais em todo o mundo e no Brasil não é diferente. Aqui, multas por uso de celular e por não uso do cinto de segurança são aplicadas rotineiramente todos os dias. Mas a alta velocidade ainda é a principal causa de mortes no trânsito brasileiro. Por hora, cerca de 6 pessoas se transformam em vítimas fatais em nosso país (uma morte a cada 10 minutos); são mais de 130 por dia, 48 mil por ano. Somos o 4º país com maior número de mortes no trânsito, ficando atrás somente da China, Índia e Nigéria. E com a aproximação do carnaval, estas estatísticas tendem à uma efetivação ainda mais violenta pois em 2014, só nas rodovias federais, contabilizou-se um total de 155 mortes nesta época.

 

A velocidade desenvolvida por um veículo é fator determinante quanto ao tempo de reação que um motorista, ou um pedestre, pode ter diante de um imprevisto. A marca atingida pode evitar um acidente ou reduzir a violência do impacto, caso não seja possível evitá-lo. Mas ela também pode causar um grave acidente com óbitos. É preciso que todos os motociclistas e motoristas, sejam eles de veículos de passeio, utilitários, ônibus, caminhões e carretas; respeitem os limites de velocidade informados nas vias. Não bastam apenas instalações de radares para barrar os excessos de velocidade pois sabe-se que assim que o condutor se afasta do equipamento ele volta a afundar o pé no acelerador para dirigir como se estivesse a bordo de um carro de corrida em uma pista de autódromo. É muito importante o surgimento de uma grande conscientização sobre os riscos de matar, ou morrer, que um motorista assume quando dirige em velocidade incompatível com a sua segurança e com a segurança dos demais à sua volta, ou à sua frente.

 

Órgãos reguladores de trânsito, governos estaduais, municipais e a União, juntamente com todas as mídias (impressa, rádio, TV, internet); criam e divulgam, anualmente, campanhas de conscientização que alertam para os riscos de se dirigir em alta velocidade. Em geral são vídeos impactantes que abordam a questão do excesso de velocidade de forma extremamente relevante mas que acabam não surpreendendo o motorista, pouco tempo depois de lançados, fazendo com que o tema se torne insignificante e as peças publicitárias deixam de causar o impacto necessário ao não transformarem-se em um agente de mudança de comportamento.

 

Mas, no caso deste vídeo produzido para a Agência de Transportes da Nova Zelândia, originalmente intitulado “Mistakes”; a resposta à conscientização pode ser mais satisfatória do que em outras campanhas que levantaram o mesmo assunto. O filme reforça a máxima de que o motorista precisa dirigir por sí e pelos outros, trazendo à luz da discussão o fato de que, quando se está em uma estrada, por exemplo, o condutor a partilha com outros motoristas e a velocidade que ele desenvolve é que dita se haverá mortos ou sobreviventes diante de um acidente que pode ser causado por um erro de cálculo de terceiros à sua frente. O vídeo, no momento em que acontece este erro de cálculo, congela a cena antes do acidente e coloca os dois motoristas em uma conversa, fora dos seus veículos, em que o que cometeu o equívoco afirma ao outro, que vinha em alta velocidade, que achou que daria tempo de efetuar a manobra. Estando com seu filho no banco traseiro, ele se desespera ao ouvir do outro condutor que nada poderá ser feito pois ele não terá tempo de parar por estar indo “muito rápido”, e se desculpa. Ambos voltam aos volantes de seus automóveis e, então, é dada sequência à cena em que a colisão, inevitável, acontece. Assista ao vídeo, publicado abaixo, e você também será impactado (a).

 

E, assim, o comercial consegue dar um alerta: NÃO EXCEDA A VELOCIDADE. PRESERVE VIDAS!

 

Auto Peças Molina; aqui, nosso bem maior é a sua vida!