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Conheça o processo de blindagem de automóveis

Com o aumento da violência urbana a blindagem em automóveis deixou de ser um artigo de luxo. Veja mais.

 
A falta de segurança nas grandes cidades somada aos crescentes índices de violência faz com os mais favorecidos financeiramente invistam um dinheiro alto para blindarem seus veículos, assim pelo menos, sentem-se “mais protegidos” circulando pelos centros urbanos.

 

E você, já pensou em ter um carro blindado? Saiba que ano após ano, uma maior parcela dos brasileiros passaram a considerar essa ideia. E essa realidade já passou a ficar mais acessível à classe média, com a blindagem aos carros populares. Pois é, antes um luxo exclusivo para presidentes e grandes empresários, e atualmente, até em modelos compactos já se encontra esse pacote de segurança adicional.

 

A blindagem abrange todo o habitáculo do veículo, como vidros dianteiros móveis e traseiros fixos, portas, fechaduras, teto e contorno de aço.
A blindagem abrange todo o habitáculo do veículo, como vidros dianteiros móveis e traseiros fixos, portas, fechaduras, teto e contorno de aço.

Não é motivo para nos orgulhar, mas o mercado brasileiro de blindagens civis é o maior do mundo. E sendo um mercado promissor, empresas que prestam esse tipo de serviço estão cada vez mais investindo em sistemas de blindagem “popular”, que chega a custar até 50% menos que a blindagem tradicional.

 
Aos interessados, saibam que o valor do serviço é influenciado por cinco fatores, que são:

 

– Nível de blindagem: é o tipo de proteção que a blindagem oferece. No Brasil, 90% da procura é pelo nível IIIA, a mais cara e resistente;

– Área blindada: quanto maior o carro, mais material será necessário para a proteção e maior será o valor investido;

– Material utilizado: a blindagem com aço é mais pesada e mais barata do que a feita com mantas de aramida;

– Origem do material: materiais importados são mais caros que os nacionais, porém o Brasil há tempos fabrica produtos de qualidade;

– Know-how da blindadora: os preços podem variar de uma blindadora para outra, conforme a credibilidade da empresa no mercado.

 
Também existem os níveis de blindagens. Saibam que variam conforme a resistência balística do material:

 

– Nível I: revólver .22 e .38
– Nível II e IIA: pistola 9mm e revólver .357 Magnum
– Nível IIIA: submetralhadora 9mm e revólver .44 Magnum

 
O consumidor leva, em média 90 dias para conseguir a autorização para ter um blindado. Os requisitos/documentos solicitados são:

 

– Para Pessoa Física: RG – CPF – comprovante de residência – Certificado de Registro de Licenciamento de Veículo (CRLV) – Certidões Negativas Criminais da Justiça Federal, Estadual e Militar – Atestado de Antecedentes Criminais, emitido pela Polícia Civil;

– Para Pessoa Jurídica: CNPJ – Certidão de Antecedentes dos distribuidores da Justiça Federal, Estadual e Militar de cada um dos sócios, administradores ou gerentes.

 
Todo o processo exige mão de artesão e trabalho de especialistas no que diz respeito à proteção da carroceria. Na primeira etapa o carro passa por uma vistoria para apontar as imperfeições antes do início do serviço. Após isso, exige-se a desmontagem total do interior do veículo, vidros e o desligamento do chicote elétrico. Depois de desmontado, o automóvel recebe um revestimento interno de aramida, um tecido sintético que também é utilizado nos coletes à prova de balas, por ter alta resistência balística e com a vantagem de ser bem mais leve que o aço.

 

Concluído o processo de blindagem, o automóvel vai para o setor de montagem das peças. Diferentemente do que se acredita, essa parte do processo também exige mão de obra especializada, pois é necessário retrabalhar as peças plásticas para que elas possam se encaixar na lataria com a mesma precisão de um carro sem blindagem. E da mesma forma que acontece quando o carro sai da fábrica, o veículo blindado também passa por uma bateria de testes. Nesta avaliação é analisado o funcionamento dos equipamentos e a vedação da carroceria. Em média, o automóvel ganha um acréscimo de 170 quilos.

 

Caso seja encontrada alguma falha, o automóvel ainda volta à oficina para sofrer os reparos antes da entrega ao cliente.

E fique atento pois o carro só pode ser retirado da blindadora após o registro no respectivo Departamento de Trânsito Estadual. Ao entregar o veículo blindado ao cliente, a blindadora é obrigada a entregar um Termo de Responsabilidade e esse garante que foram usados materiais com os níveis de resistência balística contratado.

 

As empresas especializadas recomendam fazer revisões anuais nos materiais e também a realizar sua troca integral em caso de agressão, seja por projéteis de armas de fogo ou acidente.

 
CURIOSIDADES:

 

– O Exército é responsável pelo controle dos carros blindados, para que um veículo com essa característica não caia em mãos erradas. O blindado faz parte dos produtos controlados, como as armas;

 

– Os vidros traseiros de um carro blindado não baixam;

 

– É recomendado que, quando for viajar, destravar as portas, pois, em caso de acidente, o resgate será facilitado;

 

– Na escala de blindagem, o nível 6 é o máximo existente no mercado mundial e transforma o carro quase em um tanque de guerra. O carro do presidente dos Estados Unidos possui esse nível.

 
E para finalizar galera, para valer o que se paga, os adeptos dos sistemas de blindagem devem adotar novas atitudes no dia a dia. Como manter os vidros sempre fechados e redobrar a atenção ao desembarcar do veículo. #FicaaDica 😉