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A Chevrolet: uma história de sucesso com clássicos dos anos 80

GM do Brasil alcança a marca de 10.000 carros produzidos

A Chevrolet é uma das marcas mais tradicionais na produção de veículos, cheia de reformulações, e campeã de vendas; Conheça sua história.

A Chevrolet tem uma gama de veículos icônicos de tirar o fôlego. Quem concorda? Vamos lá: levanta a mão quem andou em um Opala? Sonhou em ter um Corvette? Assistiu perseguições na TV a bordo de um Camaro? Ou mesmo já sentiu o “efeito chiclete”, aquela música que gruda na mente, com a famosa música sertaneja do Camaro Amarelo? Aliás, só uma observação aqui – essa música teve tamanha repercussão que até as vendas deste modelo aumentaram em 2012! E quanto ao desejo de dirigir um Cruze? E um Vectra? 🙂 Chevy, uma abreviação da Chevrolet, durante mais de um século tornou-se uma marca mundialmente conhecida, não somente por fabricar automóveis que conquistaram reputação pelo desempenho, durabilidade, valor e inovação tecnológica, mas por lançar sonhos e construir mitos.

Louis, Durant e a Chevrolet Motor Car Company

O início da Chevrolet no mundo remete a dois nomes, em primeira instância – Louis Chevrolet e Wiiliam Durant. Louis Chevrolet (1878-1941), fundador da montadora com seu nome, foi um notável engenheiro mecânico e suíço, famoso por suas habilidades de pilotagem, apaixonado por velocidade, que em 1905, estabeleceu o recorde em terra com 179 km/h (111 mph). Já William Durant (1861-1947) foi um visionário comerciante que fundou a GM Motors nos EUA em 1908. Juntos, com uma relação de prestação de serviços, Durant se vê obrigado a largar o seu empreendimento, dois anos depois, para se juntar à Chevrolet. A partir daí, o trabalho se transforma em uma parceria. Assim, o “Fabuloso Billy”, apelido de William Durant, e Louis inauguram em 3 de novembro de 1911 a Chevrolet Motor Car Company em Flint, Michigan. Bem ao lado de Detroit.

O primeiro Chevrolet, o Classic Six. (Foto divulgação)

Já no desenvolvimento do primeiro carro da empresa, nasce o Classic Six. Criaram um modelo poderoso, dotado de um seis cilindros na frente e transmissão de três marchas montada no eixo traseiro. Bem mais caro que os Ford T, porém oferecia muito e conquistou os usuários. Originou-se então a marca da gravatinha dourada ou de uma cruz estilizada em homenagem à Suíça, que ficou pouco tempo nas mãos de Louis.

Embora, Durant tenha conseguido, um tempo depois, reaver o controle da GM, ele transformou a Chevrolet em uma divisão da empresa, em 1917. Já na primeira década de expansão dos negócios, a Chevrolet se consolida e acirra a guerra do mercado com sua principal concorrente, a Ford. A criação de diferentes carros para diversos públicos ganhou espaço e impulsionou a produção da montadora. Desta forma, adquiriu enorme visibilidade ao se dedicar à produção de automóveis de baixo custo. Louis, que se dedicou apenas a carros de corrida depois, viu sua antiga companhia dar uma grande virada. A Chevrolet expande seus negócios e começa a montar os veículos em outros países, sendo um deles o Brasil.

A Chevrolet do Brasil

Em 1925, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, foi criada a primeira fábrica da montadora. Mesmo com o momento econômico mundial abalado, as expectativas de venda só aumentavam. Em 1930, inaugura sua segunda fábrica no país, em São Caetano do Sul (SP). Era o início de uma linha de montagem de sucesso. Contudo, a GM somente “vestiu” a gravata dourada em um carro de passeio em novembro de 1968, com o Chevrolet Opala (que saiu de linha 24 anos depois). Após isso, os lançamentos da GM no país se concentraram todos na marca de Louis, criando clássicos como o Chevette, o Omega e o eleito várias vezes o carro do ano e líder em vendas, o Monza.

Buscando atingir todos os perfis de consumidores, a empresa tem carros para todos os gostos e todos os bolsos. Alguns de seus automóveis ganharam tanta projeção no mercado nacional que fazem parte desta história de sucesso. Desde a sua fundação até os dias de hoje, vem emplacando diversos modelos entre os mais vendidos do Brasil, como o modelo Onix.

Monza no Brasil

Isso mesmo, escolhemos o Monza para dar uma pitada a mais de emoção! Quem foi criança ou pré-adolescente na década de 1980 e é apaixonado por carros certamente se pegou sonhando ou “babando”, ao menos uma vez, quando viu um Chevrolet Monza desfilando pelas ruas do país. O Monza foi um clássico dos anos 80. Era mais ou menos assim: “Poucos têm o que muitos desejam”. Pensando no universo automotivo, é difícil não ler este slogan hoje e imaginar um carro de luxo, certo? Porém, era assim que a Chevrolet anunciava aos brasileiros, em 13 de maio 1982, a chegada do Monza, carro que guarda uma legião de fãs até hoje. 😍

Chevrolet Monza, o clássico da GM que saiu de linha em 1996. (Foto divulgação)

Com 857.810 mil unidades comercializadas, o clássico modelo foi projetado pela Opel, subsidiária da Chevrolet na Europa. Originalmente, o modelo se chamava Ascona, mas teve seu nome mudado para o Brasil. Convenhamos, Ascona? Realmente, não soava bem para o ouvido do brasileiro. Foi então que resolveram trocar para Monza, em referência à cidade italiana. Além disso, remetia às corridas, no circuito de Monza. Com certeza, esse detalhe aí foi um dos fatores do seu sucesso.

Com poucas opções, o Monza simplesmente veio para suprir a carência que existia na época das “quatro grandes” marcas e estabelecer um novo patamar de desenvolvimento tecnológico não só da General Motors do Brasil, mas também do mercado nacional. O modelo chegou como hatch, mas foi sua variante sedã que conquistou os brasileiros. Foi um fantástico sucesso de vendas ao longo de 14 anos de mercado brasileiro e atingiu também outros países, como Uruguai, Chile, Colômbia, Venezuela e até a China.

Para muitos entusiastas, o Monza foi um sonho de criança ou de adolescência que se tornou possível. Seu visual atraia muita gente. E acreditem, o Monza também teve uma versão esportiva e outra luxuosa, chegando a receber um facelift que contou com um apelido peculiar de “Tubarão”. Com sua saída, o mercado perdeu um carro polivalente. Foi um dos carros mais emblemáticos da história do automóvel brasileiro. Com produção encerrada em agosto de 1996. Na despedida do Monza, muitas pessoas se reuniram, com muita emoção, na fábrica de São Caetano do Sul (SP), onde o modelo foi produzido desde o início. Com ele, iniciava o fim de uma era de sedãs famosos dos anos 80. O Monza chegou, encantou e venceu, deixando saudades em muita gente.

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